Real digital avança nos primeiros testes: como a moeda pode impactar o consumidor brasileiro?

CRIPTOMOEDAS FINANÇAS

O real digital, projeto em parceria com o Banco Central, vem avançando nos primeiros testes e despertando o interesse do mercado. O Mercado Bitcoin (MB) divulgou os resultados iniciais desses testes, realizados em conjunto com a Stellar, uma blockchain pública. Durante as simulações, um protótipo do real digital foi utilizado para pagamento de tokens, proporcionando liquidação quase em tempo real e baixo custo na rede blockchain da Stellar.

Além do Mercado Bitcoin, outras empresas também participaram dos testes, como a ClearSale, especializada em score de crédito e prevenção de fraudes, a fundação CPQD, voltada para pesquisa em telecomunicações, e a Cheesecake Labs, especializada em design e engenharia de software.

Uma das perspectivas do real digital é a bancarização de uma parcela da população. Marcio Kogut, fundador do Mycon e especialista em blockchain e fintech, destaca que o real digital pode funcionar como um meio de pagamento para bens e serviços na internet, substituindo o uso de cartões de crédito em transações como assinaturas de serviços de streaming, compras online e aplicativos de delivery.

Atualmente, ao utilizar o cartão de crédito para assinar um serviço, há uma cadeia de intermediários envolvida, o que aumenta os custos para ambas as partes. Com o real digital, essa cadeia de intermediários pode ser reduzida, resultando em transações mais eficientes e com menores custos. O objetivo é utilizar a tecnologia blockchain, baseada no Bitcoin, para garantir rastreabilidade e segurança nas transações.

É importante ressaltar que o real digital não será uma criptomoeda nem um ativo de investimento, como o Bitcoin. Ele será lastreado em stablecoins, mantendo o mesmo valor que o real físico e sendo distribuído pelos bancos.

Os resultados dos primeiros testes do real digital são promissores, mostrando a viabilidade dessa nova forma de pagamento e suas potenciais vantagens. Com a possibilidade de transações mais eficientes, menores custos e a inclusão financeira de uma parcela da população, o real digital pode impactar positivamente o consumidor brasileiro, proporcionando uma experiência financeira mais ágil e acessível.

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