No turbilhão volátil da bolsa de valores, algumas ações não apenas resistiram, mas brilharam intensamente nos últimos cinco anos, acumulando uma valorização excepcional de mais de 300%. Neste artigo, exploraremos os bastidores desse sucesso, destacando sete empresas que não só enfrentaram a gangorra do mercado como também a dominaram. Descubra o que essas ações têm em comum e o que os especialistas preveem para o futuro.
Alta Consistente: O Segredo Compartilhado por Ações que Superaram os 300%
Na imprevisibilidade da bolsa de valores, onde algumas ações são como gangorras, há aquelas que desafiam a norma, acumulando uma impressionante valorização superior a 300% nos últimos cinco anos. A Inteligência Financeira mergulhou nos números para revelar sete protagonistas desse fenômeno, com destaque para Prio (PRIO3), Kepler Weber (KEPL3), e Irani (RANI3).
O que Têm em Comum?
Embora atuem em setores distintos, essas empresas compartilham um fio condutor: consistência. Especialistas concordam que elas se destacam por estarem posicionadas em setores cruciais para a economia brasileira. Heitor Martins, estrategista de investimento da Nexgen, enfatiza que essas empresas não apenas melhoraram seus indicadores operacionais, mas também alcançaram sucesso crescente em seus segmentos de atuação.
Prio (PRIO3): A Ascensão Imparável
Liderando a lista, as ações ordinárias da Prio (PRIO3) apresentaram uma valorização notável de 2.282,47% nos últimos cinco anos. De uma operação modesta, a empresa deu um salto extraordinário, multiplicando sua produção diária de petróleo e conquistando um valuation bilionário. A estratégia de adquirir poços de petróleo maduros e investir na maturação de ativos provou ser um sucesso, gerando confiança no mercado.
Kepler Weber (KEPL3): Crescendo com o Agronegócio
No mundo do agronegócio, a Kepler Weber (KEPL3) se destacou, registrando uma valorização de 607,84% nos últimos cinco anos. O setor em expansão, especialmente no contexto do aumento da participação do agronegócio no PIB brasileiro, impulsionou o desempenho da empresa. Seu papel como fornecedora de maquinário para um setor em crescimento contribuiu para o sucesso notável.
BTG Pactual (BPAC11): Líder no Setor Bancário
As ações unitárias do BTG Pactual (BPAC11) testemunharam um salto de 585,22% desde 2018, consolidando sua posição como o maior banco de investimentos da América Latina. Com diversificação de negócios e expansão no digital, o banco conquistou investidores com resultados financeiros consistentes. O crescimento do ROE de 14,3% para 23,2% entre 2018 e 2023 reforça a trajetória ascendente do BTG.
Simpar (SIMH3): Diversificação que Impulsiona
A holding Simpar (SIMH3), com foco em frotas de carros e logística, apresentou uma valorização de 443,42% em cinco anos. Sua estratégia de “destravamento de valor” por meio da criação de players relevantes, como JSL (JSLL3), Vamos (VAMO3) e Movida (MOVI3), gerou impacto positivo. O cenário de juros altos para Vamos e Movida oferece espaço para crescimento, conforme a possível redução da Selic.
Copel PN (CPLE6): Valorização Pós-Privatização
A privatização impulsionou as ações preferenciais classe B da Copel (CPLE6), resultando em uma valorização de 361,35% em cinco anos. Analistas acreditam que a empresa, mesmo após a privatização, mantém potencial de alta devido à consistência em seus resultados. A proposta de extinção da ação unitária (CPLE11) pode reforçar ainda mais sua posição no mercado.
Irani (RANI3): O Renascimento Após Dificuldades
A Irani (RANI3) experimentou um renascimento notável, com uma valorização de 349,79% em cinco anos. O “re-IPO” na bolsa impulsionou a liquidez e atraiu investidores. A escassez de papelão ondulado durante a pandemia impulsionou os preços e as margens da Irani, resultando em um crescimento significativo nos lucros.
Mills ON (MILL3): Expandindo Horizontes
A fabricante de equipamentos industriais Mills encerra a lista com um crescimento impressionante de 304,93% nos últimos cinco anos. A fusão com a argentina Solaris e a entrada no mercado de maquinário pesado abriram novas oportunidades. A busca por segmentos mais rentáveis e a entrada na “linha amarela” demonstram a habilidade da Mills em inovar e se adaptar, revertendo prejuízos em lucros substanciais.
Essas sete ações são verdadeiras estrelas na bolsa de valores, destacando-se não apenas pela valorização excepcional nos últimos cinco anos, mas também pela consistência em seus setores. Embora o passado não garanta o futuro, a análise desses casos de sucesso oferece insights valiosos para investidores que buscam entender as dinâmicas do mercado e identificar oportunidades promissoras. O que reserva o futuro para essas estrelas da bolsa? Somente o tempo dirá, mas a trajetória até aqui certamente é inspiradora.
